O transtorno do neurodesenvolvimento são distúrbios neurológicos que prejudicam o desenvolvimento das cognições , gerando um impacto na vida do indivíduo. De acordo com o Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-IV) , são transtornos que apresentam déficits no desenvolvimento cognitivo que interferem no processo social, pessoal, acadêmico e/ou profissional . E que se alterem em suas especificações específicas de aprendizagem e/ou no controle das funções executivas .
Estes diagnósticos se dão pela combinação de fatores , como, fatores genéticos, biológicos, psicossociais, ambientais, com manifestações específicas, ou seja, não há uma causa única e cada indivíduo tem sua própria particularidade.
Algumas pessoas questionaram se houve um aumento dos casos nos dias de hoje.
E a resposta é sim , mas não apenas pelo fato de um número maior de casos , mas também pelas mudanças que o mundo/sociedade passou, como o avanço e crescimento da tecnologia ; que permite que as pessoas tenham mais acesso à informação e se conscientizem sobre o assunto e possam buscar ajuda. E assim como a tecnologia, a neuropsicologia , neurociência, neurologia, psicologia e afins, tem evoluído e surgido mais conhecimento sobre a complexidade do funcionamento cerebral . Permitindo que estes profissionais se atualizem no cuidado do indivíduo ao que se refere à saúde mental e à sociedade se beneficie de tratamentos necessários para melhoria da vida do indivíduo neuro atípico.
É muito importante descobrir o diagnóstico precocemente para fazer as intervenções e tratamentos, com o objetivo de aumentar a funcionalidade , adaptação à rotina e a qualidade de vida. Os profissionais da saúde, como médicos e neuropsicólogos , podem fazer o diagnóstico , orientar e encaminhar para tratamentos específicos para cada caso desde a primeira infância.
Os casos mais frequentes no consultório são:
Porém existem outros transtornos como: Atraso Global do Desenvolvimento, Distúrbio da Comunicação, Transtorno da Comunicação Social, Distúrbios Motores, entre outros.
REFERÊNCIAS:
Fontes, D et al. Neuropsicologia: teoria e prática. 2 edição. Porto Alegre. Artmed.2014
Malloy, D, e outros. Neuropsicologia: aplicações clínicas. Porto Alegre. 2016
https://www.scielo.br/j/jped/a/85ZxLGdktF3bWxMtf6vRwgP/
A Avaliação Neuropsicológica serve para investigar possíveis transtornos , eles são, do neurodesenvolvimento, neurodegenerativo, mental, do humor, de personalidade ou até mesmo de lesões traumáticas . Ela é recomendada quando existem sinais , sintomas ou indicadores de um problema no funcionamento cognitivo , comportamental e/ou emocional da pessoa . Qualquer pessoa pode solicitar ou submeter-se a uma Avaliação Neuropsicológica mesmo sem um pedido médico .
O processo avaliativo é dado por quatro pilares:
Após todas as etapas de investigação é realizada a correção de todos os testes, que será desenvolvida e correlacionada em conjunto com os dados das entrevistas, escalas e observações de comportamento , para assim realizar o laudo .
A ANP tem sido indicada como parte fundamental no auxílio ao trabalho de vários profissionais da saúde como: médicos, fonoaudiólogos, terapeutas ocupacionais, psicólogos, fisioterapeutas, revelando a importância de um trabalho multiprofissional inclusivo em casos de crianças e adolescentes.
Os resultados dos laudos são usados para ajudar no planejamento do tratamento e na compreensão das necessidades individuais de cada paciente. Após a devolutiva, é possível criar planos de reabilitação específicos para cada área identificada como afetada , além de possibilitar a orientação de pacientes e familiares sobre como lidar com os desafios. É de suma importância também para a melhoria do desenvolvimento escolar do paciente que os educadores participem do processo . E além disso, o laudo também pode ser usado em contextos legais , como processos de determinação de incapacidade .
Um ponto muito importante é a descoberta precoce do diagnóstico para garantir um futuro melhor para uma criança ou adolescente e suas famílias . Além de todas essas especificações dadas anteriormente a Avaliação Neuropsicológica também é possível fazer diagnóstico diferencial, como por exemplo nos casos de comorbidades não bloqueadas no diagnóstico inicial dado pelo médico.
REFERÊNCIAS:
Fontes, D et al. Neuropsicologia: teoria e prática. 2 edição. Porto Alegre. Artmed.2014
Malloy, D, e outros. Neuropsicologia: aplicações clínicas. Porto Alegre. 2016